Texto e fotos por: Marlon Aseff
Às vésperas de completar três anos de idade, Vinícius
Takenaka Silva conheceu o cinema. Veio na Mostra Infantojuvenil do FAM pelas
mãos da avó, a professora aposentada Albertina Dutra Silva. Ficou empolgado com
o filme do caranguejo e até bateu palmas no final, mas o que o marcou mesmo foi
a cena em que uma casca de banana é encontrada dentro de um peixe, denunciando a poluição dos
mares. “O lixo tava dentro do peixe”, diz Vinícius, com a carinha de reprovação
de quem começa a entender dos problemas do mundo. “Para trazê-lo ao cinema eu
disse que iríamos procurar um gatinho que estava no muro lá de casa e fugiu, e
não é que o gatinho apareceu mesmo em um filme que passou hoje? Ele adorou
encontrar o bichinho aqui”, conta a avó.
Assim como Vinícius, centenas de outros pequenos
espectadores começam a gostar de arte e pensar o mundo a partir das mostras do
FAM, que apresentam filmes relacionados à infância não só do Brasil, mas de
países de toda a América Latina. “É incrível como eles pensam a maneira como o
filme foi realizado, que tipo de programa de computador foi usado, e se
envolvem completamente”, conta a
professora Regiane Aparecida Gonzalez, que trouxe para o FAM uma turma de 20 alunos, de 11 a 15 anos, da
Escola Municipal José do Valle Pereira, no bairro João Paulo.
Para as professoras de artes visuais, Juliete Schneider,
Lisley Teixeira, Débora Gaspar e Patrícia Martins, do Colégio de Aplicação, a
Mostra Infantojuvenil amplia
significativamente o repertório de educação para as crianças. “É um evento que
dá condições de acesso a cultura e inclui outras linguagens , o que é muito
importante”, diz Débora Gaspar. Para as educadoras, a Mostra ainda possui o
mérito de criar público para diversas artes correlatas ao cinema, como teatro e
artes plásticas, além de proporcionar outras inúmeras percepções. “A turma da
quarta série já espera todos os anos a hora de vir ao cinema”, assegura a
professora Lisley. O hábito de trazer os
pequenos ao cinema infantil do FAM, todos os anos, já consolidou um novo público interessado em
arte. “É muito legal poder encontrar vários ex-alunos do colégio nas projeções
da Mostra Adulta”, diz Patrícia Martins,
com o indisfarçável orgulho de quem participou da formação intelectual dos
novos cinéfilos.
Programação:
As sessões acontecem no auditório Garapuvu em dois horários: 9h30 e 15h. Elas são gratuitas e abertas ao público. Se você é professor e quer agendar a vinda de uma turma entre em contato no telefone: 9902-3378. Ou pelo e-mail projetoscinematograficos@gmail.com
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