Os alunos da sexta série do Colégio de Aplicação aproveitaram
a exibição da Mostra Infantojuvenil do FAM para discutir forma e conteúdo dos
filmes em sala de aula. “Fizemos um debate e a turma deu um parecer sobre cada
filme, com direito a análise técnica e a mensagem que cada um trazia, como
questões étnicas, de classe, entre outras”, conta a professora de história
Karen Rechia. Segundo ela, a mostra de filmes direcionados aos jovens aliou a possibilidade de vir ao cinema para
estabelecer uma posição crítica, não pacífica, a mensagem recebida. Os alunos
também aproveitaram a vinda ao cinema para realizar uma enquete sobre o que o
público do FAM achava das manifestações de rua, que sacudiram o país. “Foi
importante realizarmos atividades como essa, que junto a uma análise técnica e
de conteúdo de cada filme, ajuda a formar uma nova geração de espectadores críticos”,
concluiu Karen Rechia.
sexta-feira, 21 de junho de 2013
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Um longa uruguaio traz humor na tela do FAM
Tanta Água é o único longa uruguaio
no Florianópolis Audiovisual Mercosul deste ano. O filme de Ana Guevara e
Letícia Jorge chega com importantes prêmios no currículo. Melhor filme no
Festival de Cinema de Berlim é um deles. Parece mesmo que elas souberam contar
muito bem a história das férias de Alberto e seus filhos Lucia e Frederick nos
banhos de Arapey, um balneário de águas termais na província de Salto. É um
filme de humor e que promete fazer o público desta quinta rir muito.
Então se agende: começa às 21h, no
auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos da Universidade Federal de
Santa Catarina.
Último dia dos curtas
Sim, o FAM está chegando ao seu final e hoje acontece a
última sessão da Mostra de Curtas do Mercosul desta edição. Mais uma vez os
filmes serão exibidos no Auditório Garapuvu e o povo poderá votar nos seus
preferidos. A votação do público é bem importante nesta mostra que é
competitiva. São quatro filmes com histórias bem distintas. Conheça um pouco de
cada um e assista os trailers.
¿Um Cigarro?, Fernando Coelho
Rodriguez, um funcionário de escritório, negocia a compra de
maconha com um jovem traficante no terraço do prédio da empresa onde trabalha
meia-hora antes de uma reunião. O chefe aparece e começa entre eles o jogo de
tentar disfarçar de descobrir. O que Rodriguez não sabe é que o resultado desta
situação pode ser bem mais desfavorável do que ele imagina.
Infrarregião, Jair Sanches Molina Jr.
Um idoso com escleroses diversas. Um ajudante servil e fiel.
Vítimas de um apocalipse emocional, vivem num lugar sem nome, no limite de suas
condições.
Quem Tem Medo de Cris Negão?, René Guerra
Cristiane Jordan, ou Cris Negão como era chamada, foi um
travesti cafetina do centro de São Paulo conhecida por seus métodos violentos
de controle das outras travestis. Odiada e temida por uma legião, ela também
tinha seus fãs, até que tragicamente foi assassinada com dois tiros na cabeça.
O filme é um mergulho no universo das travestis, a partir dessa figura lendária
do submundo de São Paulo.
Lobo está, Hugo Curletto, Marcos Altamirano
No mundo impessoal das grandes cidades, Sol vive um romance
com Maxi, um jovem sedutor que lhe propõe uma viagem para começar uma nova vida
longe da família, amigos e do ambiente de que não se sente parte. Sol aceita a
proposta. Quando os corpos se transformam e a questão humana começa a desaparecer,
chegará a mudança que jamais imaginou.
Cultura africana e afrobrasileira nas Paralelas do FAM
Nesta quinta-feira, às 18h, sobe ao palco o grupo Mulheres
Wambui (da língua Swahili, Cantadoras de Histórias) com o espetáculo “Cânticos
Negros, Inspirações Ancestrais”.
Os artistas levam ao público trabalhos que, por meio da
exploração de diferentes gêneros e vertentes da música negra, fazem reverência
à sua cultura e a seus antepassados. O grupo busca por meio de apresentações
públicas resgatar a consciência negra dentro de cada um e manter vivos
conhecimentos culturais afrobrasileiros e africanos.
Este projeto foi idealizado e vem sendo
coordenado pela musicista Roberta Lira. A ideia surgiu de sua pesquisa Músicas
Negras, que teve início em 2009. Roberta trabalha principalmente com crianças,
introduzindo a diversidade musical e aproximando-as de outras áreas do
conhecimento.
O Vocal das Mulheres Wambui
existe desde maio de 2012, e é formado atualmente por
cinco integrantes, três vocais e dois instrumentistas. As Cantadoras de
Histórias são as catarinenses Graça Pereira e Regina Oliveira e a paulista Lu
Amaral.
O percussionista Willian de Oliveira, por ser filho da cantora Regina, já
cresceu em um ambiente musical. Por fim, o habilidoso Jefferson Nefferkturu,
violonista, baixista e flautista caboverdiano, que é atualmente
acadêmico da UFSC.
Não percam!
Crianças aprendem cidadania na tela do FAM
Nem o frio ou a chuva fina desta quinta-feira de protestos na Ilha foram suficientes para afastar os alunos do Centro de Integração Familiar (Ceifa) do cinema. Moradores da Caeira e Saco dos Limões, eles driblaram as dificuldades econômicas e foram conferir a Mostra Infantojuvenil do FAM em ônibus de linha. Jovens carentes de seis aos doze anos, moradores de uma região com problemas sociais como o tráfico de drogas e infra-estrutura precária, chegaram ao Centro de Eventos da UFSC, liderados pela professora Zeli de Azevedo. “Muitos não possuem condições de pagar um cinema comercial, até porque o ambiente de shopping é excludente, é feito para os mais endinheirados”, diz a professora.
No FAM os jovens puderam assistir a algumas das melhores produções independentes, entre ficção e documentários. “Eu gostei do filme em que a menina gostou dele, mas ele viu que ela era muito nova e disse que ela tinha era que se divertir na infância”, disse Lohana, 11 anos. Ela veio acompanhada das irmãs Damarys, de 9 anos, Débora, de 8, e da prima Lhauana, de 6 anos. “Eu gostei do último filme, onde a mãe do menino descobre que tinha câncer, e no final ele vê que a mãe dele é a lua”, comentou Dayara, de 8 anos.
Para Maria Emilia Azevedo, coordenadora da Mostra, os filmes
deste ano tem o mérito de apresentar às crianças temas com intensidade nas
abordagens, e que tem a ver com a realidade social brasileira e mundial. “Isso ajuda muito na educação dos pequenos,
pois eles estão aprendendo a ter opinião, a serem cidadãos com seus deveres,
mas também com direitos”, complementa a professora Zeli.
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Estrear no FAM
“Não importa a época que eu termine um filme, fica na lata
até abrir a seleção do FAM. Agradeço por estrear aqui”, disse o diretor Marco
Stroisch, do curta catarinense Desencanto, vencedor do Edital Catarinense de
Cinema, lançado nesta quarta na Mostra de Curtas, com a presença da equipe no
palco.
Ele falou isso também para nossa equipe de comunicação e outra cositas! Espia o vídeo:
Ele falou isso também para nossa equipe de comunicação e outra cositas! Espia o vídeo:
Você tem mais um dia para curtir o cinema venezuelano no FAM
Nesta quinta mais quatro filmes serão exibidos na
Mostra Outros Olhares. São filmes que mostram a produção venezuelana e provocam a troca de cultura entre esses dois países que fazem parte do
Mercosul. Os filmes começam às 14h30, no auditório da
Reitoria aqui na UFSC.
Confira os filmes de amanhã:
La Noche Anuncia La Aurora, Gerard Uzcátegui
Uma mulher constrói seu lar sobre palafitas no
delta do rio Catatumbo. Diante da morte de seu marido, navega no rios da
solidão. Convive com seus pensamentos, seus sonhos, seus medos, seus desejos,
sua memória... convive com ela mesma. Até que um bom dia se decide pelo
desconhecido, tecendo assim uma intrincada realidade, que nos submerge por um
breve instante no mundo interno daquele ser misterioso...
Hija de Puta, Alexandra Bas
Hija de Puta, Alexandra Bas
'Hija de puta' nos submerge em um dia de Andrea, uma garota de sete anos cuja mãe é uma prostituta. Andrea viveu seus poucos anos em uma rotina de dona de casa, cuidando de seu irmãozinho de noite, enquanto sua mãe sai para trabalhar; imersa em um mundo de mulheres que falam dos homens como mercadoria e contam suas desilusões e desgraças. Até que aparece Daniel, esse homem desconhecido e estranho que diz ser seu pai e que vem com toda a convicção de um sapo que se transforma em príncipe para melhorar sua vida.
Nostalgia, Gustavo Rondón Córdova
Tomás, um homem com seus trinta anos, que cuida de uma terra no campo distante, acompanhado de seu pequeno filho Alberto, enterra sua esposa após uma morte repentina. É a primeira noite sozinho para Tomás. Senta-se no pátio da casa, embebeda-se e chora. Na manhã seguinte é despertado por Alberto e sua fome. Com o desconcerto da novidade, o pai usa o instinto para cuidar de seu filho. Mas a tristeza ronda na solidão de sua casa. Uma noite, Tomás adormece para evitá-la. Outra, começa a beber. Afogado pelo que sente, com o álcool e a ansiedade no corpo, decide que quer estar com sua esposa.
La Mula Muerta, Rafael
Velásquez
Beatriz é uma jovem
alegre envolvida em uma relação amorosa com seu chefe, Nicolás, e quer levá-lo
a uma relação mais comprometida. Em paralelo, Laura, esposa de Nicolás,
contratou uma pessoa para que os siga e faça fotos comprometedoras. Quando
Laura se apresenta na casa de Beatriz com estas fotos, obriga Beatriz a lhe
entregar tudo o que Nicolás esteja lhe dando. Ao final, ao mesmo tempo em que
Laura sai do apartamento de Beatriz, Nicolás sai do quarto, tendo escutado o
que aconteceu entre as duas. A decisão fica nas mãos de Beatriz: continuar a
relação com Nicolás ou acreditar nas palavras de Laura e reconhecer que vive em
uma fantasia amorosa sem futuro.
Hoje tem Fernanda Montenegro na tela do FAM
Zulmira foi o primeiro personagem da
atriz Fernanda Montenegro no cinema, no filme “A Falecida”. Numa continuidade
mesclada com a inspiração musical de Noel Rosa com sua música O X do Problema,
Zulmira volta no curta “A Dama de Estácio”. Ela agora é uma velha prostituta
obcecada com a ideia que vai morrer. Criou-se assim uma continuação e o primeiro
filme do diretor Eduardo Ades. Além de Fernanda, o filme traz outros nomes de
peso como Nelson Xavier e Joel Barcellos.
O convite
Ades logo pensou em Fernanda para fazer esse filme. Tentou entrar em contato de diversas formas e não conseguiu. Num determinado dia ao participar de um festival ele encontrou a atriz nos corredores, fez o convite e recebeu a seguinte resposta: faço o filme, mas só posso daqui um ano e meio. Esse foi o tempo necessário para arrecadar a verba necessária para o projeto.
O convite
Ades logo pensou em Fernanda para fazer esse filme. Tentou entrar em contato de diversas formas e não conseguiu. Num determinado dia ao participar de um festival ele encontrou a atriz nos corredores, fez o convite e recebeu a seguinte resposta: faço o filme, mas só posso daqui um ano e meio. Esse foi o tempo necessário para arrecadar a verba necessária para o projeto.
Os outros curtas de hoje:
Desencanto, Marco Stroisch
Esse é mais um curta catarinense na
mostra. Numa freguesia de pescadores, diz-se à boca pequena que Dona Olívia é
bruxa. Joaquim, o marido, enlouquece ao achar que ela transformou sua amante
numa perereca. Enquanto não consegue rever a situação, ele passa a tratar o
pequeno anfíbio como só um homem apaixonado é capaz.
Puntos, Patrícia Gualpa
Puntos é uma janela. Uma série de
entrevistas animadas que tem como tema central a diversidade, procura explicar
a validade e variedade dos pontos de vistas.
Califa 33, Yanko Del Pino
São 25 minutos de duração para
contar a história de Califa 33, “um repórter policial que retirava a notícia do
esgoto. Às vezes a embelezava, às vezes a contava nua e cruamente”, Ali Chaim.
Hoje a tarefa de fazer música é da Banda de Pífanos da Armação
Aquela trilha sonora antes da Mostra
de Curtas e do longa será feita hoje pela Banda de Pífanos da Armação. O grupo
transforma o bambu em instrumento musical. Inclusive a técnica é repassada em
oficinas para o público em geral. O grupo acredita que ao construir
instrumentos estão construindo arte. E assim aprendendo a ouvir outras pessoas,
afinando sentimentos e crescendo num ritmo harmônico e comunitário.
Ficou curioso? Os ensaios do grupo
acontecem às quartas, a partir das 17h30 as 19h na Costa de Cima. O
endereço é Estrada Rosália Paulina Ferreira, 1897 – Armação do Pântano do Sul –
Florianópolis.
A apresentação no FAM começa às 18h.
A história de um brasileiro argentinizado no DOC-FAM de hoje
Moacir avisa: parece que sou meio
louco, mas sei o que estou fazendo. E foi no hospital neuropsiquiátrico Borba
que o cineasta Tomás Ligpot o conheceu. Moacir ficou por lá durante dez anos com
o diagnóstico de esquizofrenia paranóide e lá mesmo ouviu a promessa que teria
um documentário se gravasse seu CD. Aos 69 anos ele gravou seu primeiro álbum
com 12 músicas.
Moacir é um brasileiro que foi para
Buenos Aires fugir dos problemas da vida. Virou celebridade por lá e agora sua
vida é o tema do documentário de hoje da Mostra DOC-FAM. A sessão é às 16h, no
auditório da Reitoria.
Confira o trailer:
O primeiro filme de Vinícius
Texto e fotos por: Marlon Aseff
Às vésperas de completar três anos de idade, Vinícius
Takenaka Silva conheceu o cinema. Veio na Mostra Infantojuvenil do FAM pelas
mãos da avó, a professora aposentada Albertina Dutra Silva. Ficou empolgado com
o filme do caranguejo e até bateu palmas no final, mas o que o marcou mesmo foi
a cena em que uma casca de banana é encontrada dentro de um peixe, denunciando a poluição dos
mares. “O lixo tava dentro do peixe”, diz Vinícius, com a carinha de reprovação
de quem começa a entender dos problemas do mundo. “Para trazê-lo ao cinema eu
disse que iríamos procurar um gatinho que estava no muro lá de casa e fugiu, e
não é que o gatinho apareceu mesmo em um filme que passou hoje? Ele adorou
encontrar o bichinho aqui”, conta a avó.
Assim como Vinícius, centenas de outros pequenos
espectadores começam a gostar de arte e pensar o mundo a partir das mostras do
FAM, que apresentam filmes relacionados à infância não só do Brasil, mas de
países de toda a América Latina. “É incrível como eles pensam a maneira como o
filme foi realizado, que tipo de programa de computador foi usado, e se
envolvem completamente”, conta a
professora Regiane Aparecida Gonzalez, que trouxe para o FAM uma turma de 20 alunos, de 11 a 15 anos, da
Escola Municipal José do Valle Pereira, no bairro João Paulo.
Para as professoras de artes visuais, Juliete Schneider,
Lisley Teixeira, Débora Gaspar e Patrícia Martins, do Colégio de Aplicação, a
Mostra Infantojuvenil amplia
significativamente o repertório de educação para as crianças. “É um evento que
dá condições de acesso a cultura e inclui outras linguagens , o que é muito
importante”, diz Débora Gaspar. Para as educadoras, a Mostra ainda possui o
mérito de criar público para diversas artes correlatas ao cinema, como teatro e
artes plásticas, além de proporcionar outras inúmeras percepções. “A turma da
quarta série já espera todos os anos a hora de vir ao cinema”, assegura a
professora Lisley. O hábito de trazer os
pequenos ao cinema infantil do FAM, todos os anos, já consolidou um novo público interessado em
arte. “É muito legal poder encontrar vários ex-alunos do colégio nas projeções
da Mostra Adulta”, diz Patrícia Martins,
com o indisfarçável orgulho de quem participou da formação intelectual dos
novos cinéfilos.
Programação:
As sessões acontecem no auditório Garapuvu em dois horários: 9h30 e 15h. Elas são gratuitas e abertas ao público. Se você é professor e quer agendar a vinda de uma turma entre em contato no telefone: 9902-3378. Ou pelo e-mail projetoscinematograficos@gmail.com
Mais um dia da Mostra Catarinense no FAM
Hoje, a partir das 17h30, os filmes
catarinenses vão ocupar a tela do auditório Garapuvu no Centro de Cultura e
Eventos da UFSC. Será o segundo dia de exibição da Mostra Catarinense. Serão quatro filmes, aqui estão eles:
Vento Sul, Renan Cabral Fontana
Uma velha se joga do penhasco e vê a
vida passar diante de seus olhos. De um parto macabro até o conflito com a
comunidade na vida adulta, ela faz uma revisão irônica de sua vida como bruxa
ilhoa.
Outono, Ademir Damasco
O documentário mostra algumas
histórias e atividades contadas por moradores de Florianópolis. O contraste das
regiões mais pacatas e simples com a região central com a multidão de pessoas
que vieram de outros lugares.
Boa Viagem, Daniel Medeiros
Duas pessoas conversam sobre assuntos
aleatórios, mas aos poucos a verdade em relação aos dois se revela.
Ausência, Jardel Tambani
Um documentário autobiográfico que
conta a história do próprio diretor Jardel. Ele retorna a sua cidade natal, no
interior de Santa Catarina para resgatar a história de sua própria paternidade
e a perde do pai.
terça-feira, 18 de junho de 2013
Ensinando o caminho das pedras
Não é só de filmes e música que o FAM é feito.
Nesta quarta-feira (19), entre as 14h e às 18h, consultores estarão num estande
do Centro de Cultura e Eventos da UFSC orientado os interessados na elaboração e
inscrição de projetos culturais.
Especialistas da Fundação Cultural de Florianópolis
Franklin Cascaes ensinarão o caminho das pedras sobre a Lei Municipal de
Incentivo à Cultura, enquanto consultores da Secretaria de Estado de Turismo,
Cultura e Esporte de Santa Catarina detalharão o Seitec (Sistema Estadual de
Incentivo à Cultura, ao Turismo e ao Esporte).
Os interessados estão convidados.
A consultoria é
gratuita.
Venezuela na tela do FAM
Os olhares se voltam
para o cinema venezuelano amanhã e quinta na mostra Outros Olhares. O convite foi feito ano passado quando Marilha Naccari, integrante da
coordenação do Florianópolis Audiovisual Mercosul, esteve em Caracas
participando do Festival Internacional de Documentários. Foi firmado, a partir
de então, acordo com a ANAC - Asociación Nacional de Autores Cinematográficos
daquele país para trazer uma mostra para o FAM. “ Durante a Mostra, pude
conhecer bem os documentários feitos na Venezuela. Eles têm uma qualidade
técnica muito boa e duas coisas me chamaram a atenção: a vontade de contar uma
história global, não se restringindo ao seu país; e uma forma de documentar que
envolve a narrativa da reportagem com a arte” – explica Marilha.
Os filmes do primeiro dia
Serão cinco filmes nesta quarta. Quatro na
mostra às 14h30, no auditório da Reitoria.
D, Rafael Velásquez
Uma caneta-tinteiro dorme nessa mesa até que
um trovão a acorda. A animação começa e uma guerra de letras começa.
El Silbón, David Cabrera
O Coronel Morillo e seu filho transitam na
densa noite da chuvosa savana. A torrente os impede de continuar e aguardam em
um bar do caminho. Rómulo, um ancião dono do lugar, recebe-os enquanto lembra
que o homem parado em sua frente foi quem desgraçou sua vida. Para preparar sua
vingança, propõe contar um conto do campo e ganhar tempo. Ao terminar, Rómulo
trata de consumar a desforra, mas não consegue. Pablo Morillo e seu filho
escapam e situações inesperadas provocarão o retorno de El Silbón.
Aida, Evans Briceño
Uma velha mulher, incapacitada por um
acidente, chega ao final do percurso de sua vida. Pedro, quem pacientemente
cuidou dela durante anos, está imerso em sua frustação. Aída, uma histórica
acerca do sentido da vida além de todo propósito.
Alberto´s, Pedro Mercado
Alberto, um barbeiro de 70 anos de idade, só
atende homens em sua humilde barbearia que alguma vez fora exitosa. A carência
de clientes e a monotonia com que o Alberto precise renovar o espaço e
contratar um cabeleireiro. A loja passa, rapidamente, de barbearia sem sucesso
a salão de beleza cheio de mulheres desejosas de serem atendidas pelo novo
cabeleireiro. Agora Alberto, deslocado, está com saudades de seu antigo
sossego.
O longa também
será da Venezuela
La Niña de Maracaibo é mais um filme de Miguel
Curiel e traz um pouco de polêmica ao desvendar alguns segredos da etnia Wayuus.
No filme Alatriste, um detetive europeu que por circunstâncias de seu passado
chega a estas terras, e deve enfrentar o fato de que o Rey Wayuu transgrediu as
regras e se apaixonou por uma branca Maracucha, então o universo de certezas
que estruturam a vida do detetive se parte em mil pedaços sob a égide de mais
jovem filha do rei Wayuu.
Assista o trailer:
Cores em preto e branco
O longa de hoje se chama Cores, mas desenvolve sua história
em preto e branco. Três jovens com seus 30 e poucos anos representam uma
geração que não deslanchou junto com a economia do país. A estagnação é tanta
que em um momento ela é comparada com a velocidade de uma tartaruga. Luca é um
tatuador, Luis um Motoboy e namora a Luara, uma atendente de loja. Os
personagens foram inspirados na vida do próprio diretor e de seus amigos.
Francisco Garcia, com 33 anos, contou isso em uma reportagem para a Folha de
São Paulo. Falando em amizade, ele e o produtor do filme André Gevard se
conheceram na faculdade e hoje são sócios na Kinoosfera Filmes.
A Mostra de Longas é no Auditório Garapuvu, às 21h. É de
graça!
Assista ao trailer:
Curta catarinense na sessão da Mostra desta terça
A história de
um adolescente nascido em um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra no oeste de SC é o tema do curta catarinense Sem Perder a Ternura. O
filme de Márcia Paraíso e Ralf Tambke é um dos que serão exibidos na sessão da
Mostra de Curtas Mercosul de hoje. Filmado em Aberlado Luz, ele revela que a
luta do movimento vai além da luta pela terra e que sua trajetória é um exemplo
de conquista. Confira o making off:
Outros curtas de hoje
Menino Peixe,
Eva Randolph
Uma menina escuta sua mãe dizer: Seu irmão é
um peixe, antes de sermos
gente, nós somos peixes. Foi o
suficiente O comentário da mãe foi o suficiente para a menina imaginar muitas
coisas. E também sonhar que o menino peixe vai levar sua mãe para o fundo do
mar.
9 Vacunas,
Iair Said
Eis aqui uma
forma inusitada de conhecer alguém. É verão em Buenos Aires e Diego foi mordido
por um cão. O médico exige nove vacinas contra a raiva. Na ida até o hospital
para tomar suas doses ele conhece Melina, que foi mordida por um gato. Olha o
trailer:
Sexta Série,
Cecília da Fonte
Novos desafios para a televisão pública na Argentina
Por Marlon Aseff
A diferença entre a
tevê pública e a privada pode ser observada na maneira como o telespectador é
tratado. Se na televisão comercial o receptor é transformado em objeto de
consumo, um número nas pesquisas de audiência, o desafio da tevê pública é
transformá-lo em um sujeito ativo, um cidadão. A avaliação é de Eva Piwowarski,
ex-secretária técnica da Recam (Reunião Especializada de Autoridades
Cinematográficas e Audiovisuais do Mercosul) e diretora do Programa Mercosul
Audiovisual da União Europeia, que falou na tarde de ontem durante o Fórum Audiovisual Mercosul.
O evento abordou o tema
“TV Pública do Mercosul na emergência das linguagens digitais”, onde foram
debatidos alternativas para a democratização da programação de qualidade e os
usos de novas tecnologias a serviço do grande público. De acordo com Eva, a
Argentina sempre se viu, e viu a América Latina, através de um espelho
distorcido. “Temos quatro ou cinco grandes redes de televisão situadas em um
bairro de elite de Buenos Aires, que é Palermo, e que concentram grande parte
da escala produtiva audiovisual do país, e junto com isso a construção de um
discurso do que somos enquanto nação”, disse. Segundo ela, a nova lei de meios,
aprovada na Argentina em 2009, pode ser considerada a mãe de todas as batalhas,
porque quebra monopólios e dá início a uma nova construção de conteúdos
sociais, para que o povo argentino se reconheça em sua totalidade.
Um passo adiante nesse
sentido foi a criação do programa “Polos Audiovisuales Tecnologicos”, que busca
fortalecer a produção nacional de conteúdos para a TV digital, promovendo a
diminuição das assimetrias entre as regiões do país. “Temos que saber fazer
televisão, e para isso buscamos capacitar as universidades regionais, formar
cooperativas de produtores e desenvolver sistemas produtivos”, ensina Eva
Piwowarski. O novo direcionamento governamental para os meios de comunicação
estatais e públicos na Argentina, segundo ela, busca um conteúdo próprio, com
protagonismo popular e um discurso descentralizado. “Nos acostumamos a ver a
nação e a América Latina a partir de um espelho distorcido por hollywood, e
depois por um espelho das televisões comerciais. Agora chegou a hora de nos
conhecermos melhor”, avaliou.
A música paulistana dos anos 80 mostrada
O documentário de hoje na Mostra DOC-FAM fala sobre a famosa "Lira Paulistana e a Vanguarda Paulista". Em seus 97 minutos o filme conta a história do Teatro Lira Paulistana através do depoimento de seus principais protagonistas: o sócio Itamar Assumpção, Grupo Rumo, Premeditando o Beque, Titãs, Cólera, Inocentes e outros grandes nomes.
Aqui nesses dois vídeos você vai poder ver um pouco do trabalho feito e também o que o diretor Riba de Castro acha da sua participação no FAM. Assista:
FAM promove palestra sobre O Som no Cinema
A palestra de hoje no FAM (O Som
no Cinema) acontecerá na Sala Laranjeira, no Centro de Cultura e Eventos da
UFSC, às 17h, e terá três especialistas na mesa: Leo Gomes, Cesar Carvalho e Guy
Wenger (foto).
Diretor inglês, Guy comanda a
Cool Tunes, empresa parceira no FAM pela primeira vez e estará oferecendo ao
melhor curta catarinense, escolhido pelo júri oficial, o apoio por meio do
prêmio de sonorização.
Antes de sua trajetória pelo
Brasil, a Cool Tunes estava localizada em Barcelona, Espanha, onde permaneceu
por 20 anos. O estúdio no Centro Empresarial Corporate Park, em Santo Antônio
de Lisboa, Florianópolis, é especializado em mixagem 5.1, além de gravação,
masterização, design de som e restauração de áudio. A produtora de áudio também
trabalha com criação e pós-produção de música e áudio para cinema,
documentários, televisão, publicidade e artistas.
A Cool Tunes já trabalhou em
produções como “Paintball”, dirigido por Daniel Benmayor, “Sultões do Sul”, de
Alejandro Lozano, e a comédia de Laura Mañá, “La Vida Comienza Hoy”, entre outros
filmes.
Orlando Senna e a urgência da TV Pública
"O surgimento da televisão no mundo sempre esteve ligado ao poder público. O Brasil foi uma exceção, onde a TV nasceu ligada à iniciativa privada (a TV Tupi, de Assis Chateaubriand). A primeira TV pública só surgiria em 1969, quando Chateaubriand vendeu uma de suas emissoras para a Fundação Padre Anchieta (TV Cultura). Agora estamos frente ao desafio de fortalecer uma televisão que não pode ser privada, nem do governo, mas da Sociedade, portanto, Pública. Independente do poder econômico ou político. Esse talvez seja o maior avanço da democracia depois do voto".
*Orlando Senna, ex-secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura e ex-presidente da TV Brasil, coordena hoje a TAL, rede comunicação de canais educativos, produtores independentes e instituições culturais da América Latina.
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Primeira tarde da Mostra Infantojuvenil
A estreia da Mostra Infantojuvenil na 17ª edição do FAM foi na tarde desta segunda-feira. As escolas básicas municipais Professor Anísio Teixeira, da Costeira, e João Gonçalves Pinheiro, do Rio Tavares, estiverem presentes com mais de 70 crianças.
Os temas são variados: desde
sustentabilidade e cuidados com o meio ambiente, até autoconhecimento e
desenvolvimento de suas próprias capacidades e habilidades.
Para a professora Silvana
Botelho Machado, trazer as crianças para a mostra no FAM é a oportunidade de
ter contato com a cultura, com o cinema e assistir a um filme pela primeira
vez. “Muitas crianças nunca tiveram dentro de uma sala de cinema, é um momento
muito especial para elas”, afirma.
Nayara de Assunção e Margareth
Peixoto, professoras da escola João Gonçalves Pinheiro, afirmam que essa
experiência também tem o objetivo de ensinar para as crianças o respeito ao
próximo, como se comportar fora da escola, num ambiente de cultura.
MARIA CLARA
O curta que mais agradou os
pequenos foi “Maria Clara”, de Leonardo Peixoto. Uma produção brasileira que
conta a história de uma menina que não tem jeito de criança. Criada pela avó,
ela possui uma personalidade muito diferente. O garoto Kauan Silveira Goulart,
de 9 anos, gostou bastante do curta. “Muito legal o filme, mostra que temos que
ser crianças mesmo”, afirmou. Já Rhaiane Isabelli Rossi Vidal, de 11 anos, curtiu
“O Retrato da Lua”, de Diego Lopes e Claudio Bitencourt, que conta a história
de Nicolas, um garoto de 5 anos de idade, que perde a sua mãe e numa noite sua
tia lhe diz que ela está no céu e aponta
direto para a Lua. Nicolas motivado decide construir um foguete para ir visitar
sua mãe.
A Companhia Mafagafos é a responsável por abrir as sessões. Em todas eles vão mostrar seu trabalho que mistura teatro e música. Assista o vídeo e veja um pouco da apresentação desta segunda.
Os curtas desta segunda
Mais quatro filmes serão exibidos na Mostra de Curtas Mercosul esta noite, às 19h. A mostra é uma das preferidas do público do Florianópolis Audiovisual Mercosul. Ela é competitiva e os dois filmes mais votados da noite sempre são reprisados na Sessão Itapema FM.
Olha só o que você vai assistir hoje:
Tesouro, Carla Pioli e Willy Schumann
Baseado no conto Causos II do livro dos abraços, do escritor uruguaio, Eduardo Galeano, que retrara um episódio na vida de um velhinho solitário. A importância de seu passado e o quanto esse passado pode ser transformador.
Borboletas Delicadas, Wladymir Lima
As borboletinhas delicadas que planam na brisa leve não são nada do que parecem.
Cancha - Antigamente era mais Moderno, Luciano Mariz
Inserido em uma cidade em efervescência cultural que florescia em expansão e desenvolvimento, Pedro Cancha surge na década de 60 desfilando por ruas e avenidas de Campina Grande exibindo sais e outras vestimentas ousadas e vanguardistas. Pedro Cancha retrata uma memória esquecida, a trajetória de um personagem e sua verdadeira história ficcional ou uma ficcional história verdadeira sobre um homem, suas ideologias, sobre uma época, suas nuances e contrastes, sobre ter cancha, sobre ser cancha.
Um descendente de chilenos sobre até a montanha na Patagônia, Argentina, para as terras da família.
Olha só o que você vai assistir hoje:
Tesouro, Carla Pioli e Willy Schumann
Baseado no conto Causos II do livro dos abraços, do escritor uruguaio, Eduardo Galeano, que retrara um episódio na vida de um velhinho solitário. A importância de seu passado e o quanto esse passado pode ser transformador.
Borboletas Delicadas, Wladymir Lima
As borboletinhas delicadas que planam na brisa leve não são nada do que parecem.
Cancha - Antigamente era mais Moderno, Luciano Mariz
Inserido em uma cidade em efervescência cultural que florescia em expansão e desenvolvimento, Pedro Cancha surge na década de 60 desfilando por ruas e avenidas de Campina Grande exibindo sais e outras vestimentas ousadas e vanguardistas. Pedro Cancha retrata uma memória esquecida, a trajetória de um personagem e sua verdadeira história ficcional ou uma ficcional história verdadeira sobre um homem, suas ideologias, sobre uma época, suas nuances e contrastes, sobre ter cancha, sobre ser cancha.
Um descendente de chilenos sobre até a montanha na Patagônia, Argentina, para as terras da família.
Mostra Infantojuvenil começa hoje
Hoje é o dia das crianças assistirem filmes. Começa às 15h a Mostra Infantojuvenil. Durante a semana serão 15 filmes exibidos em duas sessões diárias. Os filmes de hoje são:
O Retrato da Lua
Nicolas é um menino de
cinco anos que perde a mãe. Um dia sua tia aponta para a lua e diz que sua mãe
está lá. O menino decide então construir um foguete para reencontrá-la.
Ciclos
Cada vez que fechamos
uma etapa, um novo começo, a vida e a morte são um conjunto de ciclos que
ocorrem envolvidos por amor, alegria e dor.
Awhenaj
Rosalio, de 12 anos,
filho wichi, sabe que este é um dia que vai marcar sua vida para sempre: seus
amigos, o tatu ausente (awhenaj), a floresta e os momentos que permanecerão.
O Pequeno Monstro
A ficção conta a
história de um garoto com uma imaginação muito fértil. Ele acredita que toda a
sua família é formada de monstros, inclusive ele.
A Lunática Vida de Um
Marisqueiro
Um dia na vida de um
catador de sururu, cheio de imaginação.
Nuestras Arma es Nuestra
Lengua
O ataque de um invasor
misterioso quebra a rotina tranquila de uma comunidade que vive em comunhão e
harmonia com a natureza. Em segundos a comunidade é destruída.
Martina Sántolo,
Animação
À Sombra da Mucuri
A animação conta de
forma lúdica a disputa pela terra no norte do Espírito Santo e o
desenvolvimento do município de Mucurici.
Alunos da E. E. de
Mucurici, Animação
Uma Dupla de Dois - O Paradeiro de Jorge
Os amigos Artur e
Nina investigam os mistérios do sumiço de Jorge.
Fernando Coelho
Siesta
Uma tarde no campo, uma
avó e sua neta.
Juliana Schwindt ,
Ficção