O filme brasileiro “Nove Crônicas para um Coração aos Berros”
é o primeiro longa confirmado para o Florianópolis Audiovisual Mercosul (FAM
2013), que realizará este ano a sua 17ª edição, entre 14 e 21 de junho na UFSC,
com o patrocínio do FunCultural/Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte/Governo do Estado de Santa Catarina e Petrobras/Governo Federal, apoio da Universidade Federal de Santa Catarina e Fundação Franklin Cascaes/Prefeitura Municipal de Florianópolis e realização da Associação Cultural Panvision.
Lançado em outubro e com exibição confirmada no 16º Cine Las
Americas International Film Festival, que acontece em Austin, Texas (EUA),
entre 16 e 21 deste mês, “Nove Crônicas para um Coração aos Berros” foi rodado
em São Paulo, mas é uma produção brasiliense (da 400 Filmes) e teve patrocínio
de finalização do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal. A direção é de
Gustavo Galvão e, no elenco, o destaque fica para a atriz Simone Spoladore e Leonardo Medeiros.
A trajetória internacional do filme é recente e começou no
início do mês com exibição em Montevidéu, no 31º Festival Cinematográfico del
Uruguay, em que recebeu
menção especial do Júri, concedido pela Asociación de Críticos de Cine del
Uruguay (ACCU), afiliada da Fédération Internationale de la Presse
Cinématographique (FIPRESCI).
INSCRIÇÕES
Até o dia 16 de abril, as inscrições para o FAM permanecem
abertas e devem ser realizadas pelo site www.panvision.com.br. Além de longas convidados para exibição, como o “Nove Crônicas”, o FAM 2013
terá ainda quatro mostras competitivas: na Mostra Catarinense, são aceitos
filmes realizados no estado, com até 30 minutos de duração; na Mostra de Curtas
Mercosul, são aceitos filmes de toda a região, também com, no máximo, 30
minutos; a Mostra DOC-FAM é um espaço exclusivo para documentários, com duração
superior a 30 minutos (médias e longas-metragens); e a Mostra Infanto-Juvenil
seleciona obras com essa temática, de todas as categorias e duração.
SINOPSE DE “NOVE CRÔNICAS”
Larissa não gosta mais de Mário; Leopoldo não sabe se vai ou
se fica; Júlio ainda vive com a mãe; Simone cansou de ser prostituta; Vanise se
lembrou o que significa ser mulher; Philipp não quer voltar para a Alemanha;
Carol carrega um cemitério de lembranças; André quer fazer uma música
diferente; Denise decide viver novas experiências enquanto há tempo. Nesse
surpreendente mosaico de relações humanas e situações cotidianas, homens e
mulheres de diferentes idades sentem uma intensa necessidade de se reinventar.
Todos vivem o momento da guinada, cada um a seu modo.
FICHA TÉCNICA
Direção e produção:
Gustavo Galvão
Roteiro: Gustavo
Galvão e Cristiane Oliveira
Produção executiva:
Guilherme Bacalhao, Marina Volpatto e Thalita Ateyeh
Assistência de
direção: Cristiane Oliveira
Direção de fotografia:
André Carvalheira
Direção de arte:
Valéria Verba
Montagem: Marcius
Barbieri
Som: Ricardo Reis
Trilha original: Assis
Medeiros (com produção de Jimi Figueiredo)
Elenco (por ordem
alfabética): André Frateschi, Cacá Amaral, Carolina Sudati, Charly Braun,
Cristiano Karnas, Denise Weinberg, Eucir de Souza, Evelyn Ligocki, Felipe
Kannenberg, Júlio Andrade, Larissa Salgado, Leonardo Medeiros, Marat Descartes,
Marcelo Coutelo, Mário Bortolotto, Paula Cohen, Plínio Soares, Ramiro Silveira,
Rejane Zilles, Rita Batata, Rodrigo Bolzan, Simone Spoladore, Vanise Carneiro,
Vinícius Ferreira
POR ONDE O FILME JÁ PASSOU
·
36ª
Mostra Internacional de Cinema de São Paulo – Competição Novos Diretores
(Out/2012)
·
16ª
Mostra de Cinema de Tiradentes – Mostra Homenagem (Jan/2013)
·
31º
Festival Cinematográfico Internacional del Uruguay – Competição Nuevos
Realizadores (Montevidéu, Mar/2013)
·
16º
Cine Las Americas International Film Festival – Competição de Longas de Ficção
(Austin, EUA, Abr/2013)
PALAVRAS DO DIRETOR
Admiro os filmes pessoais, filmes assim costumam me pegar de
jeito. Tenho a sensação de descobrir algo íntimo – que o realizador confessa em
segredo, ou deixa escapar meio sem querer. Essa intimidade me interessa cada
vez mais, daí a fascinação que sinto por filmes “pequenos”. Tanto que decidi
fazer um. Fiz alguns curtas-metragens dessa forma, sentia que havia chegado a
hora de fazer um longa. Tinha muitos sentimentos guardados dentro de mim,
precisava liberar tudo isso com urgência.
Não sei ao certo quando começou essa aventura de fazer um
longa-metragem com pouco dinheiro, de forma independente e urgente. O que eu
lembro bem é que estava obcecado por artistas das vanguardas europeias e da
contracultura norte-americana, que faziam o que queriam com o que dispunham.
Era setembro de 2009. Passei algumas semanas entre San Francisco e Nova York, o
que ativou histórias que guardava fazia tempo. Percebi que essas histórias
ainda me tocavam e a vontade de torná-las visíveis palpitava em mim. Em menos
de dois meses, comecei a chamar os amigos para fazermos um filme. Sim, um
longa: Nove Crônicas para um Coração aos Berros.
As histórias que compõem o filme foram desenvolvidas como
textos livres, voltados para temas cotidianos e destituídos das amarras de um
roteiro cinematográfico típico. Por isso o termo “crônicas” no título. São nove
histórias que se mesclam e se deixam contaminar, todas sobre um mesmo tema:
pessoas que se encontram numa espécie de encruzilhada em sua vida, que precisam
se renovar logo, senão… O importante é mudar.
Tal qual os personagens que começavam a ganhar vida a cada
conversa e a cada ensaio, eu também sentia uma enorme necessidade de me
reinventar. Foi com esse sentimento, tão evidente em meus olhos e nas minhas
falas, que abordei os atores e os técnicos. Inclusive parceiros antigos. Com o
talento e a entrega de todos eles, seguimos o objetivo de fazer um
pequeno-grande filme.
IMPRESSÕES SOBRE AS EXIBIÇÕES
Estamos muito orgulhosos da trajetória do filme. E digo
assim, no plural, porque este filme é uma empreitada coletiva. Embora eu tenha
tido a iniciativa de rodá-lo de forma independente e urgente, com poucos
recursos e muitos apoios, o filme existe porque diversos profissionais
abraçaram a proposta, mesmo recebendo pouco por isso. Inclusive os 24 atores. O
empenho de todos foi recompensado – primeiramente com o patrocínio para a
finalização, obtido num fundo de apoio à cultura em Brasília (FAC); e agora, com
a carreira nos festivais.
A exibição na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo
abriu portas para o filme, que começou a ser conhecido pela imprensa e pelo
público. Felizmente o nosso público reagiu bem ao desafio que impusemos a nós
mesmos no início: brincar com gêneros diversos e ir aos extremos numa mesma
obra, do drama intimista à comédia nonsense, a partir de nove histórias que se
alternam na tela.
As histórias mais cômicas tiveram ótima acolhida em todas as
sessões até agora, seja na projeção com entrada franca em Tiradentes, seja com
o público intelectualizado da Sala Pocitos, em Montevidéu. E nos debates que se
seguiram ficou claro que as histórias sérias também atingem as pessoas. O que
mais nos orgulha é que não há unanimidade quando se trata de escolher a
história favorita. O objetivo primordial era justamente fazer um filme tão
variado e imprevisível quanto a vida.
SAIBA MAIS
- Site:
www.novecronicas.com
- Facebook:
www.facebook.com/NoveCronicasParaUmCoracaoAosBerros
Nenhum comentário:
Postar um comentário